Litera-rua por Bibliofilia Cotidiana

Antes de mais nada, trata-se de um livro esteticamente espetacular. Se não tivesse uma linha de texto, contando somente com um registro dos grafites do artista Paulo Ito já seria um livro primoroso que vale a pena ter em casa, mas o livro vai além e a editora convidou nomes notáveis da nossa literatura para escrever inspirados nas obras de Ito.

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Entendo que chego demasiadamente atrasada para esse post. O que me segura é sempre ela, a vida real, do lado de fora dessa minha entrega – que também é real – à literatura. Só que essa entrega é a vida que eu gostaria. As contas não permitem.

Escrevo esse posts alguns dias depois de tomar uma dessas porradas da vida que a gente olha ao redor tentando entender o que aconteceu, mas as respostas não existem. Embora eu já tivesse escolhido esse livro para resenha, ele acabou se mostrando redondo para esse momento. Primeiro porque respira arte em cada pixel da sua impressão, segundo que reflete algo que eu sempre acreditei: tudo fica muito melhor quando os artistas e suas artes se unem.

E terceiro: porque esse livro me foi um presente da Editacuja, uma editora incrível que participou do meu rifão literário em prol das vítimas das enchentes aqui no Rio Grande do Sul. Para quem não está ligado, realizei uma grande rifa entre maio e junho, com participação de autores e editoras de todo o país que rendeu R$ 2.500,00 divididos entre três ONGs; a Editacuja foi uma das grandes doadoras de livros da rifa, ajudando nesse movimento que fez diferença pra muita gente e bicho. E faz bem lembrar de algo que foi tão bonito pra tanta gente.

Pois bem, no fim das contas eu saí ganhando também.