Começando Albertina – Nossa vida no armário nos anos 90, de Deise Abreu Pacheco

R$75

edição Érica Casado

preparação e revisão Marcelo Beso 

projeto gráfico e diagramação Bruna Marchi

campanha de comunicação Helena Motti

foto de capa acervo da autora 

Com capa e caixa-luva

392 páginas. Romance. Editacuja, 2023.

Descrição

“(nascida em 1972)

No caminho da vida de uma mulher de quarenta e
oito anos, o casamento.
Seu casamento com outra mulher.
Albertina quer contar a história de uma geração,
quando ali nada ou quase nada parecia existir sobre
elas.
E elas existiam.”

Albertina Medeiros de Castro é uma mulher paranaense de 48 anos que olha retrospectivamente para sua vida e as descobertas sobre sua identidade neste romance de fôlego raro: Começando Albertina : Nossa vida no armário nos anos 90. 

O livro traz à narrativa lugares, experiências e personagens ficcionais e não-ficcionais com a envergadura de um testemunho sofisticado e ao mesmo comum: a história de uma geração brasileira, da infância nos anos de chumbo, sob a ditadura militar nos anos 1970, à adolescência sob o aparecimento sombrio da epidemia mundial da AIDS até a  pandemia em 2020, sob a égide política da ultradireita. Os ambientes universitários, as festas, a descoberta do mundo (e de si) e a música popular brasileira (MPB), o rock e a música pop, referências afetivas que amarram essa narrativa e nos transformam em testemunhas das aventuras de uma mulher que está se fazendo.

O próprio papel, a linha, o traço. A tela, a letra, o risco. Albertina é uma lembrança ardente. Estranho. 

Albertina é concebida, antes de tudo, enquanto movimento, um incessante começar, que se evidencia também nas múltiplas vozes e formas textuais que ela assume. O que revela e o que esconde. O pessoal e o coletivo, que também dialoga com outras escritas, particularmente de autoria de mulheres, como Paloma Vidal, Anne Carson, Beatriz Bastos, Patricia Highsmith, Simone de Beauvoir e Virginia Woolf. 

Assim, Começando Albertina é um romance escrito no campo das realidades LGBTQIAP+ e, mais amplamente, no contexto de uma geração que enfrentou muitos desafios para “ser” e cavou  muitos espaços de reinvenção e reafirmação, especialmente em um país patriarcal e homofóbico como o Brasil.

Um livro para todas, todos e todes. 

Deise Abreu Pacheco (Dedé) atua na fronteira entre artes cênicas, literatura e filosofia. É doutora, mestre e bacharel em artes cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com estágio internacional em filosofia pelo Søren Kierkegaard Research Centre, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), dedicando-se à pesquisa do âmbito existencial dos processos de criação literário e artístico. Atualmente, desenvolve projetos com enfoque em processos de criação no campo da leitura e da escrita na A Capivara Cultural (“Cena em Prosa: a escrita como processo” e “NaLetra: núcleo de leitura d’A Capi”). Integrou o corpo docente do programa de Pós-Graduação em Escrita Criativa da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 2018-19). É autora de A vida de Deise, com Ana Cláudia Romano Ribeiro (tirinhas, Hucitec, 2022) e de Assistir e ser Assistida: vias e limites de uma estética existencial. Um percurso por escritos de Søren Kierkegaard (Hucitec, 2021).

Informação adicional

Peso 680 g
Dimensões 15 × 2 × 21 cm