Descrição
Não é possível precisar em que ano nasceu Saques & Sacanagens. Talvez 1500, quando portugueses chegam na terra brasilis e começam a criar uma narrativa para estas terras, antes tão gentis. Uma bricolagem que bebe em uma ampla fonte literária e documental, dos escritos coloniais até os dias de hoje, que ora nos confunde, ora nos esclarece, sobre a formação do brasil em versos contundentes e cheios de ritmo e acidez, Um livro de poesia com bibliografia e versos interpretados por desenhos de Paulo Ito.
Essa via de mão dupla conecta a barraca colonial ao barraco pós-moderno: de um lado, atualiza a ruína pretérita; de outro, anacroniza a violência das chagas atuais. A lama que afoga crianças, ontem e hoje, a miséria feita commodity made in Brazil. Saqueei essa biblioteca como quem retoma o tesouro da terra dominada.
Saques & Sacanagens faz parte da coleção Caravelas, que Pedro Marques é coeditor. Para ver todos os livros e saber mais sobre a coleção, clique aqui.
Pedro Marques também escreveu Encurralada, publicado pela Editacuja em 2020. È professor de Literatura Brasileira da EFLCH-UNIFESP. Bacharel e Licenciado em Letras e Doutor em Teoria e História Literária, pelo IEL-UNICAMP. Pós-doutor em Culturas e Identidades Brasileiras, IEB-USP. Editor das revistas de poesia Salamandra (2001), Camaleoa (2002) e Lagartixa (2003). Editor dos sites Poesia à Mão e Crítica & Companhia. Entre suas publicações, estão Palavra Cantada: Antologia da Poesia Romântica Brasileira (crítica e organização, 2007), Manuel Bandeira e a Música (ensaio, 2008), Olhos nos Olhos (poesia, 2008), Clusters (poesia, 2010), Cena Absurdo (poesia, 2016), Encurralada (poesia, 2020). Compositor de canções nos álbuns: A Cidade e seus Compositores (Helena Porto, 2009), SM, XLS (Juliana Amaral, 2012), Vias de Encontro (Rodrigo Duarte, 2014), Correnteza de Ar (Martina Marana, 2014). Autor de poemas para música erudita: Margens Plácidas (Gustavo Bonin, 2016), vencedora do Prêmio Eduardo Álvares de Composição; Carteira de Trabalho e Previdência Social (2017), espetáculo cênico musical de Gustavo Bonin, com produção do Coletivo Capim Novo e interpretação do Grupo PIAP-UNESP.
Paulo Ito é artista visual e pinta em espaços públicos desde 1997. Pintou um painel que sobre a Copa do Mundo de 2014 que foi publicado em veículos de comunicação em mais de 20 países. Em 2016, expôs no projeto Salve o Tapajós do Greenpeace, na 2ª Bienal internacional de Arte de Rua de Moscou e no Festival Memorie Urbane na Itália. Em 2018, criou um mural em grandes dimensões com os artistas Enivo e Quinho no Sesc Santana e um painel em Cali, na Colômbia. Dirigiu a arte do curta-metragem de animação Subsolo. Em 2019, ganhou o prêmio principal da Fundação Bunge, Vida e Obra, na categoria arte de rua. Em 2020 sua terceira empena foi realizada no periférico bairro do Campo Limpo na zona sul de São Paulo, celebrando os profissionais da saúde. Para ver suas obras e saber mais, visite o site do artista.