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A Mulher Pintada, de Teresa Arijón

O preço original era: R$75.O preço atual é: R$65.

A Mulher Pintada

Título original: La Mujer Pintada (Lumen, 2022)

texto Teresa Arijón

tradução, notas e posfácio Flávia Falleiros

pinturas Juan Lascano

edição Érica Casado

projeto gráfico e diagramação Letícia Lampert

revisão Elieni Caputo

Descrição

Saber desnudar-se, então, era isso. Um ato soberano, íntimo. Anterior ao nu.

Teresa Arijón

O romance La Mujer Pintada, de Teresa Arijón, foi lançado na Argentina e Espanha  em 2022, com grande percussão. No livro, a poeta e tradutora, que foi modelo-vivo nos anos 1980, narra a sua própria experiência nos ateliês de pintura e a exposição do seu corpo “da pose para o artista aos quadros”, mesclando as suas memórias com  histórias e biografias de outras modelos-vivo que posaram para grandes pintores ao longo dos séculos e foram totalmente invisibilizadas pela História da Arte.

Heloisa Teixeira (Heloisa Buarque de Hollanda) escreveu sobre o livro de Teresa, em texto que consta na orelha:

“A mulher pintada, a mulher falada, a mulher que fala.

A tradição no campo das artes traz uma infinidade de mulheres pintadas. Mulheres musas, nuas com sinuosas curvas, seminuas sensuais, misteriosas, ou com mantos e roupas que guardam segredos, sugerem histórias. De comum, apenas o anonimato (com raras exceções) e o silêncio (sempre). Mulheres transformadas em sombras e fantasias pela mão de seus mestres e pintores homens. Mulheres inspecionadas, vigiadas pelo buraco da fechadura, como praticava Degas em sua relação com as modelos.

Teresa Arijón, autora deste livro, também foi modelo por muitos anos, pintada, e segundo a regra, silenciada nas telas. Anos mais tarde, já poeta consagrada, Teresa retoma seus tempos de modelo vivo, se rebela e produz um texto primoroso, íntimo e arriscado, guiado por sua própria experiência de imobilidade diante de um artista para quem não existe além de seus contornos e formas de mulher. Uma experiência que lhe deu régua e compasso para resgatar as tantas histórias, audácias e segredos das musas dos séculos passados. São quase quarenta essas modelos. Vamos de Henrietta Moraes, pintada por Francis Bacon e Lucian Freud já no século XX, passando por Suzanne Valadon, Olimpia Triunfi, modelo de Diego de Velázquez, Tehamana, de Paul Gauguin, e Marie Van Goethem, A pequena dançarina de Edgar Degas.

Em A mulher pintada, são muitos os gêneros e histórias. Vamos do ensaio às entrevistas e aos relatos que contam o que não disseram as mulheres-modelos, inclusive nossa autora. O que não foi dito sobre suas vidas, seus sonhos, suas visões da História oficial do mundo das artes, seus apaixonados e até odiosos relacionamentos com os artistas homens.

Neste romance único, que também pode ser lido como um ensaio ou uma memória coletiva, Teresa Arijón, ela mesma uma poeta-modelo, traz de volta uma multidão de mulheres raras e extraordinárias, modelos e artistas soltas ao longo da história, para assim recuperar suas vozes, seus corpos, criando uma comunidade inédita. Um dos romances mais desafiadores que li nestes últimos tempos.”

A edição brasileira, traduzida por Flávia Falleiros, que também escreve as notas e um posfácio, apresenta algumas pinturas feitas por Juan Lascano tendo Teresa como modelo.

Teresa Arijón nasceu em Buenos Aires. Poeta, tradutora e narradora, publicou livros que transitam entre a poesia, a dramaturgia, o ensaio e a crônica e reuniu a sua obra poética na antologia Un millón de veranos (2023). Seu trabalho dialoga com corpos, imagens e deslocamentos — temas também centrais no A Mulher Pintada. Tradutora premiada (Prêmio Konex, 2014), Teresa já traduziul grandes nomes da literatura brasileira, como Clarice Lispector, Waly Salomão, Ana Cristina Cesar e Ferreira Gullar. Foi escritora residente do International Writing Program (Iowa, Estados Unidos) e, atualmente, prepara nova temporada como escritora residente na Alemanha, logo após o lançamento do seu romance no Brasil.

Flávia Falleiros é doutora em Literatura Francesa pela Université Paris X Nanterre (França). Traduziu, com Letícia Iarossi, O Passeio Vernet, de Diderot (e-book, Editacuja, 2021) e é autora do ensaio O Passeio Vernet, de Diderot: arte, natureza, religião e sociedade : arte, natureza, religião e sociedade, na mesma publicação. Publicou também com a Editacuja o livro de poesia Rádio melancholia (2022). Tem inúmeros outros ensaios e aparatos críticos publicados, entre eles Uma vaga de sonhos e O camponês de Paris, ambos de Louis Aragon, Hebdômeros, de Giorgio De Chirico, e Pinturas, de Victor Segalen (no prelo). Atuou como docente na École Normale Supérieure de Paris, Universidades de Rennes, Nantes e Lorient; UFPB e Unesp. Atualmente, é professora colaboradora no Programa de Pós-graduação em Letras da Unesp.

Informação adicional

Peso 450 g
Dimensões 23 × 14 × 7 cm