Descrição
Sagrado e profano se entrelaçam nestas histórias breves que convergem para a vida em família no interior, onde brotam desejo, culpa, raiva e medo. Além do cotidiano doméstico, a união destes contos se dá através de Ana, personagem que se repete e se transforma ao longo do livro. Uma experiência poética intensa e surpreendente.
“O tempo devastou crenças, imagens, ideias, passados e futuros. O vestido caiu em mãos mendigas, encardiu-se até o nada. Ana não se liberta do retrato que a glorifica.”
Cida Sepulveda é poeta e contista. Nasceu em Piracicaba, cresceu em São Pedro e, atualmente, vive em Campinas, onde atuou como professora da rede municipal de ensino.
Seus livros anteriores são Sangue de romã (Scortecci, 2004), Coração marginal (Bertrand Brasil, 2007), Fronteiras – Poemas (Pontes, 2008) e Todo amor tem seu dia de punhal (7 Letras, 2011).
Nas palavras de Manoel de Barros, que reconheceu sua voz poética desde o seu primeiro livro: “Tem solidão verbal esta jovem contista. Ela arma as palavras na frase com o amor de alguma falta”. Cida se define como “uma poeta anônima, casual, trágica, inconsequente, fruto e produto do casamento entre a urbanidade e a melancolia dos pastos antigos”, solo onde nasceu O vestido criou Ana.